Nem o canto das aves me tranquiliza ao anoitecer
e minha ânsia se confunde com as folhas
que se agitam nas noites misteriosas que começam
na solidão dos generosos em brotante contorção.
Estrelas que surgem no eclipse de um corpo celeste em mutação constante...
Grãos em relógio de areia, abordar da luz no escorrer dos amantes.
Anjos e demónios, insaciados na noite,
jogos cruzados onde o gemido quer falar,
absorver dos peitos da luz,
alguém que não se cansa de dar.
Fome devoradora que eles lhe tomam...
Cascatas se despenham em serpenteante vacilar,
sem pudor dá-se a extracção do calor e do brilho,
onde o roubado é mais deleitoso que a insatisfação do aceite.
O arco-íris é artificial e as trevas em condomínios reais!. ..
.Assim ouso o canto dos pássaros e a chuva que não cai...
Meus lábios estão secos...terão talvez sede desse tácito nocturno?...
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Autor: Josè Paulo da Costa Ribeiro ®