Observo teu rosto no nimbo que passa e sempre que passa,
deixa um rasto sucessivo de lembranças onde predomina as cores do arco-íris
e os teus murmúrios ao vento, em cada momento que surge.
Já não vivo sem ti, nem sem a tua presença... tornaste-te luz nos meus olhos,
onde decifro as formas do teu corpo com vivas, à vida no brilho ténue do leito
impregnado com fragrância e essência da pélvis que me assola...
Casta flor onde me encerro no aconchego dos meandros da consciência..
Mimo-te ao penetrar teu cheiro, deixando-me correr na tua pele sedosa,
como ungir dos deuses na promíscua humidade a aflorar dos sentidos na noite longa,
em que o paradisíaco, leva os amantes à madrugada sem exaustão.
Aurora secreta da minha busca, seios onde me deleito num desfrutar quase de gula!,
ao teu ventre estou rendido, quando se contorce, a magia é imensa e me perco,
para logo me encontrar no meio de tuas pernas entreabertas e erecto.
Com a cabeça nas tuas mãos e a alma crespada, roço os lábios no cálice só teu,
bebendo em tragos de excitação...um e outro gole, como se o tempo,
deixasse de existir dentro de uma sede sem fim.
Perdição que me tocas com a palma da mão apertando a haste enquanto louco,
sugo a seiva de tua boca com as línguas entrelaçadas...Manancial que penetro
na aurora à minha espera, aberta ao membro que estremece no elixir do amor
num vai e vem sem fim onde o orgasmo é infinito...Já não vivo sem ti!.
Autor: José paulo da Costa Ribreiro ®