Medos que palpitam no ar, num tédio pensamento que revoluteia
Na incerteza da vida que jamais julgamos possível de sustentar nas mãos
Medos que em ocasiões podem foguear a roca mais dura
quando o ardor do fogo abranda o ferro mesmo,
Medos que amanhecem em cada emergir do sol
E que como borrasca escurece o olhar que se deseja límpido
Para ver que aquele alento y asa de anjo que se pousou nas mãos
é uma dadiva divina que nos permitira redimir-nos das feridas
que outrora abriram no nosso coração e nossas crenças.
Trégua que devemos dar-nos para ver a imensidade
Do que se nos brinda no caminho,
esse emergir da lama donde alguém nos mergulho.
Medos que deambulam em cada recanto dos nossos pensamentos
E que em ocasiões damos corpo mesmo, alimentado seu palpitar.
Nunca vivas submergido nesse medo que escurece o céu diáfano
que se abre ante teu olhar, não mergulhes na lama o linho branco
Abre-te a esse arco íris que brilha ante ti, solta o lastre e as amarras
Que te apresam ao porto que já se dissipo no tempo.
Corações rotos e mariposas de mil cores num espaço que acreditamos
jamais poder conciliar ,assim a instantes em que somos capazes de
dar a vida por um sonho, que teus medos não sejam o sebo que te impeça
caminhar de novo numa vida cheia de mil aromas de primavera, de mil cores
Mil estrelas que brilham no infinito.