Vem nas asas do desejo coexistir comigo no limiar de nossos sentidos,
viver o doce da pele após a ausência.
...Quero fluir na sedosa fronteira do teu território,
...Quero fluir na sedosa fronteira do teu território,
cavalgar na vertigem da tua cândida silhueta a divagar no leito.
Limiar do tempo, véu que deixa antever o despertar de mil estrelas...
Limiar do tempo, véu que deixa antever o despertar de mil estrelas...
Luz, volúpia, emoção.
Dois corpos nus e famintos!, suspensos na distância,
Dois corpos nus e famintos!, suspensos na distância,
acordando no desabrochar da rosa num cálido beijo.
Impregnado em teu inesgotável limbo,
Impregnado em teu inesgotável limbo,
vislumbro-te a génese numa visão mágica e arrebatadora.
Foco o olhar no esplendor de teus cabelos ao vento,
Foco o olhar no esplendor de teus cabelos ao vento,
pescoço esbelto, lábios de sedução!...
Desnudo-te avançando pelos dias que se sucedem,
Desnudo-te avançando pelos dias que se sucedem,
deixando-me languidamente levar no reflexo do teu olhar.
Espelho que nos une na fusão da pélvis ardente de vontade!,
Espelho que nos une na fusão da pélvis ardente de vontade!,
espírito que habitas no ar que respiro,
no vento ao murmurar teus segredos,
nas gaivotas brincando em nosso sonho.
Fogo que me aquece nas noites frias,
Fogo que me aquece nas noites frias,
chama que lavras minhas ansiadas,
incendiando-me quando beijo teus seios.
Noite de Lua cheia onde me abraço,
incendiando-me quando beijo teus seios.
Noite de Lua cheia onde me abraço,
ventre que navego, mar imenso...
Oceano do meu desejo, cubro-te como o vento,
Oceano do meu desejo, cubro-te como o vento,
no deslizar das mãos em teu corpo nu,
língua tácita percorrendo o auge dos teus doces recantos.
No leito seios exóticos e perfeitos na luxúria do espaço,
No leito seios exóticos e perfeitos na luxúria do espaço,
ancas declinadas onde me abrigo na quentura do teu toque roçado,
lânguido no lugar que ávido fico cativo.
Dedos percorrendo sua extensão e contornos,
Dedos percorrendo sua extensão e contornos,
erecto fico envolvido em latejante carne,
lacrando-nos nas correntes do orgasmo e arrebatamento.
Autor: José Paulo da Costa Ribeiro