domingo, 14 de marzo de 2010
Inerte meditar
Por onde quer que ande em noites infindáveis de perseverança
e quase inerte meditar, defino caminhos e espaço no escutar atento,
provenientes dos teus passos cruzando a indulgente distância.
Surges como raio penetrante, derrubando minhas amarras num sussurro,
fazes de mim bastião e mar imenso...barco no cais embalado em silêncio,
num continuo suspirar das ondas e intuição de ambos estarmos juntos!.
Assim roço a muralha a que me acosto hesitante, entre sede ancestral e suposições e na indecisão...passo enquanto o lírio e a verdade não alcanço.
Na verdade, só tu deste-me a paz e o prazer de um porto, que aberto ao mar, me acolheu do final suposto degredo!.
Pobre poeta em desmedida decomposição sulcando as vagas em constante rebelião perdida de um oceano de desamores... ...jamais flores mortas na erosão, recordações naufragadas, lugar desabitado!.
Sei que em ti encontrei o meu porto de abrigo, luz e paixão,
num desenrolar dos sentidos, que só a Lua sabe acalentar
em noites infindáveis de perseverança e quase inerte meditar!.
Autor: José Paulo da Costa Ribeiro ®
en un mismo deseo y un mismo sueño.