domingo, 14 de marzo de 2010
Usufruto
Sinto-me ocidental em jardim nipónico,
nas cores da Lua, todo eu a imaginar...
Percorro com as mãos devagar já afónico,
como arrepio de vento no teu âmago a brotar.
Encho-te de mimos, sou o teu jardineiro fiel,
rendo-me em teus braços libidos de flor
estendo-me na ânsia, ofereço-te o capitel,
molhado em ti, sentindo teu calor.
Usufruto e alento, de vez primordial desejo...
Caio, morro, me levanto nesse teu ar de moça!,
retorno das cinzas em torno do teu beijo,
e no alvoroço da carne toda a alma dança.
Perfilando em teus quadris apalpo-te as formas,
vivo o esplendor deste deleite que profana...
Fecundando o botão sem normas,
Madrugada de seiva que teu interior emana!.
Exótico ritual que só tu sabes-me dar,
perco-me no paradisíaco de tua pele,
ando mareado de encanto ao te lavrar...
Terra húmida onde penetro e tu penetras nele.
Autor: José Paulo da Costa Ribeiro ®
en un mismo deseo y un mismo sueño.