Nessa solidão de uma alcova donde tua ausência deambula
Entre o desejo que explode transmutando-se
no vento que me chega como fresca névoa nocturna
Envolvendo-me cada poro, sorvendo cada gota de suor
Que o desejo expele no afogo que arde na minha dermes.
Sinto tacitas as tuas carícias percorrendo-me e minha mão
Decifrando-te o caminho que descende lentamente
adágios que converges neste corpo que te espera
Recobrindo-me de teus sonhos, mil estrelas fulgurantes,
Doce magia que titila por ela só cheia de vida
Nesse voo que ambos recreamos na dança sublime, donde
Oscilantes linhas amarrotam os lençóis de linho, bordados
com o sentir ressurgidos que emerge depois de tantos medos y fantasmas.
És o desfolhar dos rosais que arrecadas em pétalas para me cobrir
Intáctil espera que torna eterno o almejo de sorver da flor aberta todo seu néctar
Sentir teu palpitante extasiar em cada loucura solitária
Sucumbir as tuas tacitas carícias noctâmbulas o murmuro deste sentir
Que te grita Eu amo você.