Lírio purpúrea
Arco-íris fulgente contornando o horizonte onde me sento.
Lírio purpúrea, divino...Vénus visão do meu destino!.
Passas flor airosa, graciosidade do meu encanto...
Todo o lírio se abrirá quando essa luz clara, olhar meigo,
(eu dormindo sobre teu seio)sintamos o nimbo de prata,
a intimidade ardente que nos vai dentro!.
Dá-me o vasto mundo que se abre em teu sorriso,
para nas asas do imaginário rasgar o céu que nos cobre...
voar ao teu encontro, meu céu aberto...lírio da Primavera dos sentidos
Sonho-te impelido pelo vento da tua incendiada chama, incentivo no brilho,
olhos inocentes...meu mar de finas ondas, casta sereia dragando-me com teu olhar...
Que chovam hinos de glória no arco-íris deste jardim suspenso,
estrela indicando-me o caminho estando eu aqui sentado.
Quero ser o teu corcel, percorrer as regiões sagradas só por nós conhecidas!,
galopar guiado por teu olhar...Foco interior que me faz vacilar...
Deusa branca surgida das trevas rompendo com sua espada de luz,
as correntes da minha solidão neste quarto outrora austero...
No sonho, humedeces o meu pranto nas crinas ao vento,
raio fugaz que em cada Primavera me mostra o lírio que se abre
no rocio de tuas noites húmidas e orvalhadas de desejo!
Flor airosa, arco-íris dos meus olhos!.
Autor: José Paulo Da Costa Ribeiro.
