So Tu

Só tu me dás tudo o que me faz sentir a vida pulsar dentro de mim....
Eco de lamento transmutado em riso, beijo doce no mais nobre do sentimento!,
minha força impulsionadora e absorvente, perfil onde me enquadro.
Só tu me fazes ver mais amplo, mais rasgado o infinito, abraçar a chama,
que arde em céu aberto longe no espaço, onde tudo é eterno e fulgente...
E assim teu olhar, tua boca sublime me fascina e põe a levitar!.
Só tu me queres tutelado no místico desse mar profundo de aromas a paraíso,
mergulhado em carícias, coberto por teus repletos raios de prata,
preenchendo-me de completo em teu mar extenso de maravilhas e desejo!.
Só tu me mostras os reflexos do oceano, e vens ao meu encontro na luz...
Arco íris que circundas as águas coloridas por ti, até onde meu olhar alcança.
Sensação de prazer e imortalidade da alma, trespassando cada célula nossa pertença.
Só tu me elevas o espírito aos confins do Universo, Templo sagrado, onde purifico,
este meu arrogar o pranto em delírios de magia, luxúria, euforia e paixão.
Pilar em que ostento meu olhar enquanto oro no teu colo de amante!.
Só tu me deixas adormecer na candura e consistência dos teus seios,
embalado ainda pela explosão de orgasmo, que sempre assola teus recantos mais íntimos,
interior desta minha forma altiva de te possuir e amar...Só tu o sabes fazer!.

Autor: Jose Paulo Da Costa Ribeiro ®

Teu tempo....Nosso tempo.

Não penses que caminhas só numa estrada sem horizonte, sei que ao teu lado desejo e quero estar, essa é a minha certeza, mas julgo que no teu caminhar solitário, não deste o tempo preciso para sarar velhas feridas.
A maturidade sempre deve estar no amadurecer das flores para se abrirem como doce frutas .
Não julgues que o tempo faz esquecer ninguém, e mais quando realmente se deseja estar junto a essa pessoa.
Este é o teu tempo de madurar, de sarar, de lavar um coração magoado.
Como saber se gostamos da agua do mar, se sempre ficamos na berma. Como saber se as areias dessa praia tem pedras , se não nos penetramos nela, só recuamos cada vez que ao intentar a nossa lembrança nos transporta silenciosamente nessa em que um dia os rochedos castigaram nossos pés.
Um dia contei uma historia, a quem sem sossego chorava por um desamor, Falei do tempo, e de amontoar instante donde ler um bom livro, uma caminhada entre pinhais, um sentir a bruma do mar cobrindo-lhe o rosto, fossem os instantes nos que ela em solitário pudesse enxugar as lágrimas, e se permitir-se ver com claridade que os seus receios ficaram nesse passado, ao qual além de se perdoar, deveria amnistiar y não tornar a trazer a memoria.
Quando não nos damos o tempo, se nos cumulam sentimentos, e nesse transitar perante o desconhecido, os medos flutuam sempre a flor de pele.
Não é fácil recomeçar uma vida depois de ter vivido a metade do caminho, adaptar-se a um novo partilhar, más mais difícil será quando não nos desprendemos daquele que tanto nos magoou , E pretendemos colidir o passado e o presente esperando que a semente das novas flores germinem numa terra que jamais aramos e preparamos.
Menos ainda podemos pretender abrir a Primavera seguida do Outono. Podar a vinha certamente da dó, más quem o faz, sabe que a nova videira desabrocha forte, florida e com boa uva, para um esplêndido vinho.
Não estas só no caminho, a minha mão esta do outro lado do trilho, este é o teu tempo, eu sou esse horizonte no qual desejas como rio desaguar. Espero por esse ocaso donde Mar e rio se diluam numa só onda.

Assim ecoam meus versos!

Só tu me fazes sentir o afluir das águas de anil descendo as encostas verdejantes,
entre fragas e carícias, humedecendo os vales deste meu cântico.
És o beijo em fim de tarde num sereno e terno abraço.
Murmúrio vindo do céu só tu me fazes sentir e sonhar mais alto,
ser águia levando nas asas o prelúdio, as quimeras e palpitações sem fim...
Luz divina da minha procura interior,
finalmente encontrada após longa jornada pelos meandros deste nosso Universo!
Astro flamejante incendiando meu olhar, com teu sorriso infinitamente belo.
Só tu me fazes sentir nas vagas encrespadas deste nosso mar,
tuas pétalas abertas com doçura, dispersando vendavais e agruras...
Asa que tocas a minha enchendo de lucidez meu coração já altivo.
E assim ecoam meus versos na constante melodia de nossas vozes,
no êxtase de tua boca de fruto, âmago a abrir em flor...meu mel!.
Só tu me fazes sentir mergulhados na candura do oceano
que se expande ás cercanias da alma, numa suave torrente de prazer e verdade.
És o luar que deleita a minha saudade,
o coração pelo qual o meu palpita de desejo sem fim.
Só tu me fazes sentir subir à montanha e ao atingir o cume,
recordar-me criança e o quanto já levado pela fantasia,
procurava a minha torre de marfim!.
Muitos anos passaram e a luz
trouxe a claridade que o crescer encontrei em ti!.

José Paulo da Costa Ribeiro ®

Pinceladas....

José Paulo da Costa Ribeiro ®

Nunca una Ausencia...

Solo un instante dónde retome la Paleta de Colores,
para dar vida a un sueño

Tres maneiras de te dizer...Te Amo.

Imagen: Pintura al óleo

Autor: María Lasalete Marques ®

Título de la Obra. Mi esencia

Sinto a magia envolvente num alba que se ergue cada dia
Nesse caminho cheio de pó, limitado por graciosas flores do caminho
Nesse rio de aguas frescas e cristalinas, donde saciam a sede as aves em algaravia
Em cada raio de sol que abre as noites mais escuras.
Sinto a magia quando caminho a beira - mar, contemplado
O romper das ondas na encenada, numa entrega plena
Nas mil de estrelas que titilam sobre as aguas azuis do mar intenso
No brincar do vento nos pastagens em tardes de Outono
Quando a chuva cessa e se abre no horizonte a policromia do arco iris
No orvalho que como gota descende no talo duma flor ao amanhecer
Sinto a magia somente no acto de viver cada dìa
No sabor candido de teus beijos que plegas sobre mim
No perfume ardente que desprendes no roce de minhas maos
Nas caricias que perfilo no teu rosto amado, na tua boca tao por mim desejada.
Sinto a magia tranformarse em fonte eterna de Prazer, desejosa de habitar
Em cada canto e recinto por nos habitado, em cada sentir deste amor