Adormecido no descanso das aguas que levitam teu corpo
As carícias que imaginavas, são o meu espiar silente
Atracando em cada sonho e desejo daquilo que nunca antes viveste
E agora encontras como realidade que arrolas na pele
Quero viver mil sonhos nesse limite que nos submerge
Num descobrir o respirar da pele, o aroma do desejo
Que desperta o fogo que arde em cada abalroe, em cada jogo
que iniciamos na certeza da reciprocidade
Nessa afrenta que incinera medos e temores
E que como chama arde desprendendo faias como estrelas
Em cada explodir de sensações, não perecer jamais na cúspide
Onde o silencio da pele se torna gemido,
Mãos entrelaçadas insinuantes do jazer do desejo
direcção tácita donde se deseja sentir uma boca humedecida
O calor da comparência, o desejo que consome sem extinguir o clarão
Dessa chama que arde voluptuosa, na dança dum ritual
compassado no vogar de nossos corpos.
Uma fruta que com intenção deixo a espera de teus lábio
Como essa rosa que deliciosamente fazes teu pincel
recorrendo-me comprazida numa odisseia de descobertas.
