Tuas mãos, ternas sobre esta pele de mulher que te adora
Deixas nela mil acordes cuja melodia, termina por ser gemidos murmurados
Te Amo na imensidão do mundo, que gira com loucura
No despertar de mil noites, beijando-nos subtilmente com imensa paixão
Até desgastar-nos por inteiro
Te amo por ser meu cúmplice nas subtis brincadeiras de criança neste corpo de mulher madura
Te amo, pois juntos pincelamos o universo que deixamos entrever numa tela de linho
Te amo, pois juntos por ambos encontramos nas letras a forma de perpetuar o Roce do Amor
Somos algo mais que dois errantes a procura daquilo que já temos
Um sentir que cúpula noite a noite nas nossas peles distantes
Teus olhos são esse conjuro que da luz a cada noite feita dia
Olhares que compartimos nas suaves carícias que roçam a nossa pele
Bocas que estremecem no desejo de se rosarem e entregar-se no doce mel
Que nelas brotam trás a secura do anseio
Se te amo, é porque assim o decidi, e não há caminhos de volta
Vagabundos famintos de amor que um dia trespassaras o universo para amar-se assim
Porque no fluir da luz que incendeia os nossos corpos deixa o Amor de ser aureola
Carente de razoes, com intensos palpitares de corações que se desejam próximos
Quero-te no mundo que componho a dois, para alem desse horizonte que contemplamos
Em cada esvoaçar dos dias, y dormitar das noites, num abraço famélico
Deixo no vento um murmuro para te lembrar cada dia
Que esta mulher só conhece uma maneira de Amar, de entrega sem cartas trás da manga.
